quinta-feira, novembro 04, 2010

Pobreza na Africa

No decorrer dos últimos anos, a problemática da pobreza no mundo em desenvolvimento tem constituído preocupação crescente dos respectivos governos e da comunidade internacional. As profundas desigualdades na distribuição da riqueza no mundo atingem atualmente proporções verdadeiramente chocantes e o número de pobres não para de crescer, sobretudo nos países africanos.

De acordo com alguns documentos do Banco Mundial as cifras de pessoas em diversos estados de pobreza aumentam cada dia em proporções cada vez mais alarmantes. O Relatório da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad) recentemente publicado na Internet, mostra que nos últimos 30 anos o número de pessoas que vivem com menos de 1,00 dólar se duplicou nos países menos desenvolvidos.

Na África, parte da população já tem um consumo diário de apenas 57 centavos de dólares, enquanto um cidadão suíço gasta por dia 61,9 dólares. Nos anos 70 cerca de  56 porcento da população africana vivia  com menos de 1,00 dólar, hoje este valor é de 65 porcento. A pobreza está a aumentar, em vez de diminuir.

As ajudas dos países mais ricos aos mais pobres são uma gota de água no Oceano, cifrando-se 0,22 por cento do seu Produto Interno Bruto (PIB). O mais grave ,todavia os subsídios que atribuem às suas empresas para exportarem e as barreiras comerciais que levam aos produtos oriundos dos países mais pobres. O desequilíbrio de meios sufoca completamente as economias mais pobres.

O continente africano parece estar mergulhado no abismo devido as prolongadas secas e cheias, mas também por guerras civis (entre 30 e 40 no final do século XX), Terminados os conflitos o terror não termina nas zonas rurais, onde a presença de minas e de munições não explodidas constitui uma ameaça permanente à reconstrução das comunidades rurais.

Assim, na Etiópia, Eritreia, Somália, Sudão, Quénia, Uganda e outros países, a fome mata nestes países milhões de africanos, já deixou de ser notícia na imprensa internacional. 

Na Zâmbia, cerca de quatro milhões de pessoas (numa população de dez milhões) foi afetada pela seca o que destruiu, este ano, parte das suas colheitas. A situação está a se tornar  rapidamente catastrófica.

Na África austral, existem aproximadamente 10 milhões de mulheres, homens e crianças a conhecer formas extremas do flagelo da fome. Malawi, Zimbabué, Lesoto e a Suazilândia são alguns dos países mais afetados. Malawi, enfrenta seca e a pior fome nos últimos 50 anos. Segundo o governo, 70% da população de 11 milhões passa fome.

Em termos gerais, as perspectivas de desenvolvimento para este continente são pouco animadoras. Na África sub – Sahariana, o número de pobres pode aumentar de 315 milhões em 1999 para 404 milhões em 2015, afectando perto de metade da população da região


                                                                                                                                                           Por Lucas Viveiros

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