quarta-feira, outubro 27, 2010

Armas na África - PARTE I

Em 2006, a ONU teve uma oportunidade inédita de restringir o tráfico de armas - um dos motivadores do genocídio e da repressão política. Mas uma estranha aliança - que envolve EUA, Rússia, China e outros países - pode frustrar tal esperança.  
A questão das armas leves emergiu nas instâncias internacionais no decorrer dos anos 90, em seguida aos conflitos devastadores na África Central e Ocidental – especialmente o genocídio em Ruanda. Mas embora este tráfico continue a alimentar conflitos e repressões em diversos países, uma aliança que agrupa os países já citados ameaça impedir qualquer avanço significativo que vise o controle dos armamento.
Sete países do G8 – Canadá, França, Alemanha, Itália, Rússia, Reino Unido e os Estados Unidos – estão entre os maiores exportadores. A exceção é o Japão. Estes Estados alimentam em equipamentos militares, armas e munições as regiões em que acontecem violações maciças aos direitos da pessoa. Algumas lacunas e fraquezas, comuns às leis sobre exportação de armas na maior parte dos países do G8, contradizem seu engajamento a favor da redução da pobreza, da estabilidade e dos direitos humanos. 
Mas porque o mundo inteiro confessa que a África é um continente com inúmeros problemas? Por que então olhar as fotos daquelas crianças aidéticas e famintas se a sua vida vai continuar sendo a mesma. Pior, por que países desenvolvidos alimentam o armamento ao invés de darem condições para aquelas pessoas saírem de suas condições sub-humanas? A resposta é muito simples: Porque ele não é discriminado, seus ancestrais não foram escravizados, suas nações são as mais poderosas e seus filhos - sim, eles têm filhos - não trabalham por 16h para ganharem R$0,50 (sim, cinquenta CENTAVOS). E não se esqueçam, não valeria a pena  matar a fome daquele povo, pois a pobreza alimenta a fartura de muitos e disso ninguém quer abrir mão. Além disso, não são seus filhos que seguram essas armas:



São os chamados "sem alma". E serão sempre "sem alma" até alguém humanizá-los.



Por Mara Freire

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